6.8.10

TECENDO O LUTO

“O manto é longo, a fazenda é pesada, cheia de risos e boas lembranças que hoje causam dor, mas é necessário tecê-la, vivê-la, chorá-la para depois, como tudo que está sob o tempo, dobrá-la e guardá-la num canto da alma que nos lembra sempre que a proporção da dor do luto é a mesma que o prazer no qual foi vivida aquela história.”
 (Afonso Henrique Novaes)

"Para poder morrer
 Guardo insultos e agulhas
 Entre as sedas do luto."
(Hilda Hilst)

Embora não tivesse aberto os olhos ainda, ela já havia acordado. Por ser tão primeira hora da manhã, a luz do sol parecia não ser feita para outra coisa senão clarear o mundo. – As cortinas estavam abertas: não abrira os olhos, mas sentia a luz por cima das pálpebras, por cima do corpo; sem calor, apenas a leve e delicadíssima presença do que, apesar de impalpável, existe.

Amanhecia, mas este novo dia parecia que não seria diferente dos outros exaustivos daquele outono: imediatamente lembranças e pensamentos angustiantes se encarregavam de lhe tirar o torpor de um sono perturbado, conseguido a custo em meio à insônia que os mesmos pensamentos e lembranças provocavam. Sabendo no que isso resultaria tentou então fazer mais uma vez o que instintivamente aprendera: respirar profundamente – inflar totalmente os pulmões, prender o ar até onde suportasse, depois soltar lenta mas completamente; repetindo isso incontáveis vezes. Já haviam lhe dito que ela não sabia respirar – era mesmo possível que alguém que vive não soubesse? – e a sôfrega força que precisava empregar naquele ato parecia confirmar que era verdade o que diziam. O excesso de oxigênio lhe deixava internamente aquecida. Sentia uma espécie de tontura que lhe dissipava todas as idéias e, por alguns instantes, tinha a impressão de que tudo estava bem. – Pois se não conseguia calar os pensamentos, tê-los difusos ao menos era tolerável. Apesar de muda e imóvel, a luta consigo mesma a deixou ainda mais esgotada e, por mais alguns minutos, ela adormeceu.

Entretanto, sua mente não lhe dava trégua. E desta vez sonhos que reprisavam e recriavam cenas daquela noite em que só lhe restou calar apesar das tantas coisas que tinha para dizer lhe fizeram despertar já com a tosse característica que principiava a agonia a seguir. Tossia, tossia, tossia. Peito ardente, arfante. Ar desencontrando-se na garganta. Náusea. Agora seria inútil lutar: esticou a cabeça para fora da cama e quase a enfiou no balde de zinco que prevenidamente vinha deixando próximo à cabeceira. Contrações fortes de vômito queriam expulsar com violência o que havia dentro de si, lhe virar do avesso. Mas nada saía, a não ser sons altos de engulhos que ela intimamente sabia serem deformidades dos sons de todas as suas palavras humildes, remitivas, redentoras, benfazejas que, por não terem sido ditas, foram forçadamente engolidas, contaminadas com frustrações e decepções, lhe causando esta espécie de indigestão que perdurava por quase dois meses.

Levantou-se vacilante. Foi até a cozinha, acendeu o fogo e sobre ele pousou uma escura chaleira de ágata com água. Enquanto esperava a fervura, moeu alguns grãos de café torrados naquela semana. Mastigava pedaços de pão dormido que rasgava com os dedos. Estava desabituada a perceber, mas tinha fome. O cheiro quente da bebida adentrou o nariz organizando-lhe o estômago. A sensação de náusea então se aquietou. O cheiro evocava-o. Ele que costumava esfregar café nas mãos quando não se convencia de que elas estavam livres do cheiro do couro que punha para curtir dos bichos que caçava. Sugava o café aspirando também o ar que o esfriava no mesmo instante em que engolia, fazendo barulho, impaciente.

Na velha e larga tina de cedro, preparou um banho com folhas de manjericão. Despiu-se e sentou-se reclinando as costas na borda. A água estava quente demais, mas procurou não se importar. Tentava concentrar-se no cheiro vaporoso que tomava conta do ambiente. Sentia o rosto e o pescoço, livre dos cabelos presos no alto da cabeça, suarem. O bico dos seios e o sexo levemente ardiam na temperatura da água e havia um misto de incômodo e prazer manso nisso. Passeava as mãos pelas pernas. Balançava para frente e para trás o corpo, vagarosamente. Precisava relaxar. Mas imagens dos banhos que haviam tomado juntos, sobretudo os das madrugadas que adentravam amando-se, se interpunham entre a visão da parede nua a sua frente. Ensaboavam-se até ficarem brancos de espuma, escorregadios; abraçavam-se com braços e mãos deslizando sem atrito nos corpos; beijavam-se com beijos que já principiavam molhados – e quase sempre o desejo se reacendia e novamente se amavam, líquidos, fluentes.

Ela queria também ter lhe falado dos banhos, mas não pôde... A náusea se anunciou novamente em forma de tosse. Respirava. Respirava. O manjericão lhe facilitava a tarefa. E engoliu de volta um engulho que se esboçou sair. Mas a ansiedade voltara. Suas têmporas latejavam. Deixou-se escorregar devagar, mergulhando inteiramente por quase um completo minuto dentro d’água. Emergiu com os cabelos soltos, caídos no rosto que formigava, pesando nos olhos que mantivera fechados: desabou no choro, rendida. Não procurou se conter, não havia por que se conter – chorou desenfreadamente. As lágrimas molhavam o banho; misturando-se àquela infusão dela mesma, salgando-lhe. Sentia-se sufocada ante a consciência que sempre tivera de que não sabia manter boas relações com o seu passado. Precisava arrumar meios de, se não esquecer, ao menos conviver com as lembranças. Depois de algum tempo as lágrimas cessaram. Com as mãos em concha levou um pouco de água ao rosto e lavou os olhos. Levantou-se. Esticou o braço para abrir a porta de uma arca onde guardava lençóis e roupas de banho. Puxou uma toalha e o movimento fez cair no chão o manto.

Enxuta, vestida numa leve combinação de cetim, estendeu o manto por sobre a cama até ao longo do chão. O fez sem muito pensar, movida pelo súbito reencontro com aquela peça que havia desesperadamente guardado desde o rompimento. Muitas e muitas vezes, acometida pelas recordações que lhe perturbavam, sentira intensa vontade de fazer o que agora, com coragem encontrada não sabia onde, estava fazendo. Mas aquele manto era justamente a única coisa que ela, firme, vinha conseguindo evitar todo esse tempo. A não ser por um minguado cheiro de guardado, estava como da última vez que o vira.  Longuíssimo, com sua trama de linhas, trabalhado em bordados – ela o olhava, perscrutando, analisando como se não houvesse sido ela mesma, fio a fio, sua artesã. Tantas eram as imagens, tantos eram os signos, mapas, poemas, receitas, tantas eram as frases, pedidos, perguntas, promessas, juras, todos gravados ao longo dos anos em sua extensão. Nódoas de doces, de sexo, respingos de sangue. Remendos, emendas. E na extremidade que ainda se fazia, a que ela arrancou com força, quase quebrando o tear, insultos, furos, franjas irregulares feitas pelo desfiar do desgaste. De que lhe serviria aqueles vastos metros de tecido agora? Eram a materialização dos fantasmas que lhe assombravam. O corpo de um amor que morria. O que não se podia era morrer também. Era preciso fazer algo. E intuitivamente, como a lagarta que pára de comer em sua infinita fome para enrijecer-se na pupa em que se transformará para uma nova vida, ela de repente soube o quê.

Arrastou o manto até a sala, sentou-se numa rangente cadeira de balanço e, munida de uma fina agulha de crochê e tesoura, pôs-se a desfiá-lo. Desentrelaçava cuidadosamente cada fio e desfazia os bordados. Levou longas horas nisso. Fazia-o não sem dor, mas com gestos decididos. Sabia que suas mágoas não sarariam depois daquilo – a ação do tempo é a única força capaz de erodir sentimentos. Entretanto, se era inevitável o sofrimento, que ele não jorrasse incontido, lhe consumindo. Sofreria bem – apenas. Ao terminar, o chão estava repleto de linhas que se amontoavam numa bucha disforme. Aquilo lhe fez lembrar do dia em que ao entrar em casa, depois de algum tempo lá fora tosquiando as ovelhas, ela se deparara com o chão da sala invadido por mechas e cachos dos cabelos dele. Cabelos que ela insistira exaustivamente que ele não levasse adiante a idéia de cortá-los. Cabelos que haviam sido umas das primeiras coisas que lhe chamou a atenção nele. Não havia ficado feio com os cabelos curtos, mas já havia algum tempo ela entendera que aquele gesto dele fora, de alguma maneira, símbolo de sua alteração de modos e maneiras para com ela. Aquele havia sido seu primeiro gesto entre outros tantos mais insolentes, ofensivos e grosseiros que se seguiram ao longo do último ano. Acima do espelho da penteadeira ela ainda guardava, amarrado em uma fita, um dos cachos que colheu do chão.

Em dois cestos carregou aquele sem fim de fios para o quintal. Acendeu uma vigorosa fogueira cercada de pedras e, acima das pedras, depositou um pesado caldeirão de estanho cheio de um preparado com pigmento negro. Cozia mechas que saiam desfibriladas da fervura e as juntava cuidadosamente para não engrenharem, estendendo-as no varal, ao sol que ainda se fazia forte. Secavam rápido. Não demorou, seu quaradouro flamulava fibras escuras, sibilantes, que ela colhia reorganizando em mechas maiores, presas com um nó frouxo numa das pontas.
Depois, a roca. Deslizando pela roda, as fibras eram torcidas refazendo-se em fio. Enrolavam-se num novelo no fuso que girava ligeiramente. O zumbido do fuso junto com o estalar do pedal invadiam a casa. Ele costumava sempre reclamar do barulho da roca, pois ela sempre costumava fiar pela manhã, quando as maçarocas de fibras pareciam mais firmes e ele dormia preguiçosamente em dias que não tinha obrigações matinais. Dizia que ainda lhe daria uma roca nova para dormir em paz.

As linhas eram guiadas pelos seus dedos, que apesar de terem as laterais engrossadas com o calejar do ofício, estavam sendo marcados por finos cortes que doíam e sangravam. Mas ela não parava. Às vezes chupava os dedos limpando-os, em outros momentos deixava que o fio levasse o sangue ao novelo. Parecia estar numa espécie de transe provocado pelo barulho da roca. Insolente. Ofendida. O novelo ganhava mais e mais forma. Parecia um enorme casulo de onde poderia sair um inseto peçonhento. E assim foi, entrando na noite que desceu sem estrelas e sem lua, passando por quase ela inteira, parando apenas quando não havia mais fibra para fiar. Então lavou as mãos com sumo de ervas cicatrizantes, envolveu os dedos em tiras de panos embebidos em ungüento e comeu algumas frutas que estavam sobre a mesa.

Fazia frio. Embrulhou-se num enorme xale que havia sido de sua mãe.  Não tinha sono, mas desta vez a razão não era apenas a insônia que vinha lhe minando. A ansiedade maior daquela noite era motivada por terminar o que havia começado. Como se não bastassem as velas já acesas, acendeu as lamparinas. As mesmas que costumavam ficar acesas durante a noite inteira quando ele voltava acabrunhado das eventuais brigas sem sentindo que travavam. Havia sempre pão e vinho em tais ocasiões.  Falavam apenas o necessário. O amor na reconciliação era sempre mais ardente, recompensando os corpos depois de alguns dias de solidão.

Sentada de frente para o tear – o resistente tear que há anos lhe auxiliava na confecção dos tecidos e tramas, delicados tecidos que secretamente carregavam também a história das pessoas que os encomendavam; que suportou sua violência no dia em que, enervada, arrancou o manto abruptamente de suas hastes. – Sentada de frente para o tear, tranquilamente esticou os fios pelos ganchos formando a urdidura, arrumou as barras e as lançadeiras. Olhava concentrada, solene, como se estivesse pronta para um discurso. Passou os dedos levemente sobre as linhas negras que se dispunham verticalmente como se tocasse uma harpa. Respirou por algum tempo, lenta, mas profundamente, como a garantir que a náusea não voltasse. E começou.

Com as lançadeiras entrelaçando a trama da urdidura, barras em sobe-e-desce, os primeiros centímetros do tecido iam se fazendo. À sua mente lhe voltavam com nitidez toda uma compilação de bons momentos compartilhados com ele. Os olhos marejavam e escorriam a cada piscada, num choro sem soluços. Ele não quis lhe escutar e a isso ela acreditava jamais conseguir perdoar. Ela que mesmo tendo tido a iniciativa de afastar-se dele – exaurida de injúrias, descrente – havia deixado as portas abertas, porque sabia que ele em alguns momentos precisaria lhe falar. Aquele homem que apesar de grande e hirsuto ainda tinha em si muito do garotinho que outrora fora.

E ele veio algumas vezes, principalmente à noite.  Ela quase sempre o recebia mais mãe que amante. O ouvia, atendia alguns de seus pedidos, recusava outros. Poucos foram os momentos em que se viu obrigada a ser rude ou perdeu a paciência. Esperou estoicamente que ele lhe desse quaisquer indícios de que realmente ainda havia amor, que sua insistência e choro não eram mero capricho de posse. Ele não sabia lutar por ela. – Ela que não necessariamente esperava que ele empreendesse alguma luta, mas que em algum canto de si sabia que se fosse tomada a força em seus braços, reivindicada, talvez reconhecesse o que antes ele podia ser e renovasse as certezas de seu amor. Ela precisava de tantas coisas.

Em épocas antes de conhecê-lo havia sido mortalmente ferida em seus sentimentos. Por isso julgava ser uma pessoa estragada. Ele havia sido o único que conseguira tirá-la da indolência em que por muito tempo esteve mergulhada. Mas no último ano ele mesmo fora responsável por fazê-la sentir toda uma sorte de coisas ruins que a custo havia esquecido. No entanto, breves dias de separação, curtas experiências com outros a quem ela precisou aplacar as febres do corpo, impossíveis cruzares de destinos e manhãs de silêncio bastaram para que ela em maravilhosa boa nova descobrisse que seu tempo havia chegado; que definitivamente não era a pessoa estragada que julgava ser – mas machucada, e que seu frescor havia retornado, lhe curando. Foi por isso que, mesmo incerta sobre se ainda dariam certo, se mesmo o amor que tinha por ele ainda era suficiente, ela quis procurá-lo. Seria preciso tentar.

Encontrou-o junto de outra, estranha, longe do que ela pensava ser o tipo de mulher que ele desejava. Mas não se importara, afinal, sabia que ele também precisava aplacar seus desejos. Havia ido lá por algo maior que julgava haver ainda entre os dois – tantas foram as promessas, tantas foram as juras. Tanto era o que ela planejava para os dois agora que sabia que podia ser-lhe completa. Não podia entregar este amor a outro. Era dele, era para ele. Porém, ele não quis lhe ouvir. Ela insistiu, em corajosa submissão, pois em nome do que reconhecia poder amá-lo nessa retomada de si, valeria a pena. Mas ele não quis lhe ouvir.

Ela ainda continuou a dormir com as portas abertas por algum tempo, acreditando que ele pudesse vir, que, em nome dos anos que viveram, ele ao menos estivesse curioso em saber o que ela tinha para lhe dizer. – Não iria lhe obrigar a nada. Não conseguiria obrigá-lo a nada. O que ela tinha para ele jamais poderia ser por obrigação. Contudo, precisava lhe fazer saber. Mas ele nunca lhe quis ouvir, sobretudo porque estava com a tal estranha não apenas para amenizar seus desejos; era para ela que agora ele fazia suas juras, era para ela que agora ele dedicava o seu amor. E para si só lhe restou engolir tudo de volta. – O que lhe revirava todos os dias o estômago e lhe punha em contrações diárias de vômito. Mas agora, com o tecido roçando em seus dedos, alongando-se com o trabalho de suas mãos, ela percebia que poderia deixar ali nas vagas da urdidura, enlaçados com a linha guiada pelas lançadeiras. De alguma forma sentia-se mais leve.

Lembrou-se que haviam lhe contado que em alguma parte do mundo pessoas acreditavam em três deusas, como ela, fiandeiras: uma muito velha, guarda o passado sempre olhando para trás por sobre os ombros; a outra, uma jovem mãe, responsável pelo presente; a última, uma virgem encarapuçada, que carrega um pergaminho com os segredos do futuro.  Em silêncio e sem fé, pedia-lhes por si: à velha, que não olhasse tanto para trás; à mãe, que lhe embalasse e alimentasse; à virgem, que deixasse que o tempo sempre viesse. O sol chegou sem ser percebido. A tarde estava prestes a tomar o lugar da manhã quando ela finalmente terminou de tecer.

Embora não tanto quanto o anterior, o novo manto também era longo, mais grosso e pesado. Depois de um novo banho e de alimentar-se, ainda nua ela envolveu-se nele e deixou-se cair na cama, de puro esgotamento, num sono profundo, sem sonhos.

Não demorou muito o inverno chegou. E com ele o frio que aumentava suas saudades, os pedidos de seu corpo que ainda o desejava e a solidão. Recebia algumas visitas rápidas. Nunca saía. Agora sentia mais fome, se alimentava com caldos fortes e quentes, com carnes, peixes e sempre tinha pão. As noites eram irregulares: algumas conseguia dormir, outras, atravessava em claro, sentada, lutando com seus pensamentos. As náuseas haviam diminuído, mas ainda lhe incomodavam em algumas recaídas que lhe acometiam e parecia que ia desesperar. Fazia muito frio.  Então aninhava-se no manto negro.

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Em uma manhã, através de frestas da janela, o sol incidiu forte em seu corpo seminu, abandonado no remexer da noite da coberta escura. O calor, embora suave, lhe fez despertar e a primeira coisa que ela viu foram borboletas que ziguezagueavam dentro do quarto. Depois de duas noites povoada de sonhos ruins, nessa última havia dormido bem, mas não sabia responder a si mesma como se sentia naquele instante. Levantou-se. Bebeu um pouco de água da jarra da cozinha, lavou o rosto e abriu a porta da frente, sumariamente vestida como estava. As nuvens estavam bem dispersas, mas parecia ter chovido na madrugada. O cheiro de terra molhada misturado ao do húmus confirmavam a primavera que se abria. Era notável a quantidade de flores que se destacavam com suas diversas cores no verde das pastagens. Ela desceu do batente de pedra, pisou os pés descalços na grama e pôs-se a caminhar ao redor da casa.

Naquela nova primavera as ovelhas estavam cobertas de lã. Os algodoeiros estavam brancos, brancos, esperando serem colhidos. As linhaças estavam agora gordas de fibras. E em algum lugar, decerto não longe dali, amoreiras nutriam com suas folhas larvas que em breve formariam casulos repletos de fios de seda.

Um comentário:

Daneca disse...

Eu fico enrubecida diante de tanto amor e esperanca... e com vergonha por nao conhecer as palavras que explicam o que sinto!

Lindíssimo e sensível!

beijos